Taturanas na cadeia
Se forem condenados no STF, os deputados federais Cícero Almeida e Paulão estarão fora da eleição de outubro e ainda pegarão 12 anos de cadeia.
Os dois integraram a chamada máfia da Assembleia, que desviou R$ 254 milhões dos cofres públicos.
A dupla – já condenada pelo TJ-AL – foi denunciada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República no último dia 1º. Além de prisão, a PGR pediu pagamento de multa e devolução dos recursos surrupiados da Assembleia Legislativa de Alagoas.
Além de condenado pelo histórico
roubo na Assembleia junto com outros
“taturanas”, Cícero Almeida também
é acusado de chefiar a máfia do lixo,
que teria desviado mais de R$ 200
milhões da Prefeitura de Maceió.
Diz o provérbio português que o
“cesteiro que faz um cesto, faz um
cento, e tendo cipó e tempo, faz dois
centos”.
É o que parece ter acontecido com
Cícero Almeida. Como prefeito
afundou no lixo de Maceió e como
deputado estadual lambuzou-se nas
gordas verbas da Assembleia.
Como deputado federal, Almeida teve
tempo, mas lhe faltou cipó. A duras
penas sobrevive hoje com R$ 40 mil
por mês do cotão parlamentar mais
R$ 35 mil de subsídio.
Insatisfeito com o miserê na Câmara
Federal, Ciço agora quer voltar para a
bonança no Legislativo estadual.
Com a palavra os seus eleitores.